Multiplicar as derivas #Anarqueológicas #2
Notícias de itinerários entre imagens, segunda edição: 17 de maio de 2020.
Olá! Tudo bem?
Marcelo aqui de novo. E como nesse grupo temos um mínimo de dois Marcelos, eu e o Marcelo Costa, pode ser uma boa dar uma olhada no sobrenome pra saber quem está escrevendo, pra evitar confusões. Nunca ocorreram, mas nunca se sabe…
Esta é a segunda deriva anarqueológica, trazendo algumas notícias dos itinerários entre imagens do grupo de pesquisa e estudos Arqueologia do sensível. Se você não viu a primeira ou quer refrescar a memória, ou se quer entender melhor do que se trata, consulte aqui as edições anteriores.
Tenho falado em edições, uma após a outra, mas acho que já não resta dúvida de que qualquer deriva é sempre mais de uma. Toda deriva entre imagens é múltipla – um convite à multiplicidade. Dessa vez, não será diferente, nem queremos que seja: não há aqui qualquer aspiração ao Um, ao Uno, ao Único.
A mensagem segue dividida em tópicos, pra facilitar a visualização e a navegação. Qualquer dúvida, ou caso simplesmente queira comentar alguma coisa, é só responder.
O que ocorreu
Vou começar lembrando algumas coisas que fizemos, porque é importante cultivar os rastros de cada deriva.
Constelações fílmicas
Como informei na primeira deriva, no dia 11/05 a gente escutou e aprendeu muito com a professora e pesquisadora Mariana Souto (UnB), que falou sobre métodos comparatistas no cinema, especificamente a sua proposta de elaboração de constelações fílmicas. Mariana detalhou uma constelação que ela está elaborando em torno de "fantasmagorias sociais no cinema ibero-americano", e a conversa está disponível, em uma versão completa e editada (com registro do debate, que foi gravado após a interrupção da transmissão por problemas técnicos):
Anarqueológicas: experimentações
Dando continuidade ao projeto Anarqueológicas, que tinha começado com um vídeo sobre o livro O que você vê? (republicado no projeto #EmCasaComAFacom), deixei também a recomendação comentada disponível como texto. Mas o mais legal foram as novas experiências do projeto.
A fotógrafa Marina Lordelo, que participa do grupo desde o início, compartilhou em seu perfil no Instagram algumas “Experimentações #anarqueológicas em 35mm ou Fantasmagorias Plásticas do Novo Normal”, explorando as possibilidades expressivas do autorretrato, em meio à experiência da quarentena e a uma certa normalização da pandemia e de seus efeitos sobre nossas subjetividades. Em todo caso, é nesse sentido que caminha minha leitura das imagens, que você pode ver a seguir:
O que vem por aí
Der Leone Have Sept Cabeças
Está em cima, mas é importante: no dia 18/05, a reunião do grupo volta a ocorrer sem transmissão ao vivo, mas gosto de lembrar sempre que todas as nossas atividades são abertas. Se por acaso você quiser participar, entre em contato para saber como (agora basicamente isso exige acesso a internet, já que as reuniões estão sendo feitas à distância, e não mais na Facom-UFBA).
Sobre a reunião do dia 18, eu ia dizendo: vamos conversar a partir da leitura do texto "Glauber Rocha: o desejo da história", de Ismail Xavier (capítulo 3 do livro O cinema brasileiro moderno), sobre o filme Der Leone Have Sept Cabeças (1970), que Glauber Rocha filmou no Congo e está atualmente disponível no YouTube. Acho que é um baita filme:
Encontros dramáticos anarqueológicos: Jogos na hora da sesta
Também dentro do projeto Anarqueológicas, começaremos uma experiência de leitura de textos dramáticos. É dia 28/05, uma quinta-feira, e o texto é Jogos na hora da sesta, que está disponível no número 147 da revista Cadernos de Teatro do Tablado. Para mais informações sobre o nosso encontro e acesso direto ao PDF, acesse: https://bit.ly/jogosnahoradasesta
Quem vem por aí: Tila Chitunda
Como já tinha anunciado, a próxima convidada do projeto Anarqueológicas estará conosco na segunda, dia 25/05, a partir das 17h, para uma conversa aberta. Tila Chitunda vai falar um pouco sobre – ou em torno, ou entre – três de seus filmes, que continuam disponíveis pra assistir (ver links mais abaixo).
A novidade é que a Conversa aberta com Tila Chitunda é a primeira atividade do projeto Anarqueológicas que oferecerá certificado. Basta fazer sua inscrição e acompanhar a transmissão ao vivo pelo link que será informado em seguida. Se não quiser certificado, basta acessar diretamente a transmissão, que continua pública (mas o link mudou):
Seguem novamente os filmes de Tila, caso você ainda não tenha assistido a eles ou a algum deles:
*FotogrÁfrica* (2016)
*Nome de Batismo - Alice* (2017)
*Nome de Batismo - Frances* (2019)
Se quiser se aprofundar, Tila reuniu e nos enviou links para entrevistas e reportagens bem interessantes sobre o trabalho dela!
Logo mais…
Adiantando um pouco o que acontece logo mais, lembro que é algo que estava previsto para o final de abril, antes de começarmos o registro e intensificação das derivas anarqueológicas: uma palestra que acabou sendo adiada e que agora está voltando aos nossos horizontes, com a pesquisadora Fernanda Sousa (USP), "E quando esse amor pode te destruir?": Amor, sofrimento e imaginação em Amada, de Toni Morrison. Assim que confirmarmos a data e tivermos todos os detalhes, avisamos! Por enquanto, mesmo com uma data provisória, você pode salvar o link da transmissão ao vivo:
Frequências (anarqueológicas)
É, essa segunda edição ficou bem grande, porque tentei juntar aqui a maior parte dos itinerários das derivas do grupo desde a primeira edição. Isso me deixou com uma dúvida sobre a frequência disso aqui: será que quem assina a newsletter prefere receber e-mails menores, com mais frequência? Talvez esta pergunta devesse estar no começo, né? Mas se chegou até aqui e puder responder, agradeço!
Falando em frequência, me lembrei de uma última coisa que queria mencionar: em breve, quero dar início a mais um dos experimentos do projeto Anarqueológicas, que deve se chamar Frequências anarqueológicas. É um podcast, que por enquanto tem apenas um texto de apresentação:
Estudar imagens é frequentar - e também se deixar frequentar por - uma multiplicidade de formas do sensível: desenhos, pinturas, escritas de luz e de sombra, vibrações e pulsações, e mais. Nessa frequência variável das imagens, também se encara frequentemente algum vazio: a palavra falha, o ato interrompido, a imagem que falta. Entre luzes e sombras, as imagens que faltam assombram toda relação com o sensível. Por isso nos interessa explorar o podcast como formato, a gravação e a edição de som, em meio aos nossos estudos e experiências com imagens, no que chamamos arqueologia do sensível.
Vamos conversando.
Abraços,
Marcelo.
As derivas anarqueológicas são registros periódicos de parte dos itinerários do que se pode denominar uma arqueologia do sensível.
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